Sábado (25), Dia Mundial da Tuberculose, nasceu para orientar e conscientizar as pessoas
A tuberculose, que já foi uma sentença de morte, mesmo após tratamento conhecido e eficaz, se mantém como uma enfermidade gravíssima e continua a infectar e prejudicar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Entre 2019 e 2022, na rede pública em Rio Preto, os casos saltaram de 92 para 150. Crescimento de 52%
O Brasil é o segundo país onde a doença é mais registrada. Sábado (25) é o Dia Mundial da Tuberculose, tem como função, de lembrar que é uma doença grave e com grande potencial de risco.
Para o médico pneumologista Egberto Palmegiani Junior, “as pessoas precisam ficar atentas aos sintomas da tuberculose e consultarem um médico o quanto antes”, reforça. Ele explica que “se não tratada, a doença pode comprometer muito a saúde e a qualidade de vida, podendo ainda ser transmitida para muitas outras.”
Os números são da Organização Mundial de Saúde e apontam que no Brasil, em 2021, foram notificados 68.271 casos novos. São 32 casos por 100 mil habitantes. “Cada pessoa com tuberculose pulmonar não tratada pode infectar num ano outras 10 – 15 pessoas, sendo, portanto, o efeito multiplicador potencialmente significativo”, ressalta o pneumologista do Austa Hospital.
Infectocontagiosa, a transmissão é aérea, com gotículas espalhadas no ar. A tuberculose afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Os sintomas que devem despertar o alerta são tosse seca ou secretada por mais de três semanas, podendo evoluir até para tosse com sangue; cansaço e prostração; febre (baixa) e geralmente no período da tarde e noite; sudorese noturna; falta de apetite e emagrecimento.
Sem sintomas
“Importante dizer que alguns pacientes não apresentam sintomas da doença, outros apresentam sintomas leves e inespecífico que passam despercebidos as vezes por meses”, ressalta Dr. Egberto Palmegiani. “Sintomas podem evoluir por meses sem que a pessoa doente saiba, e ainda pode nesse período estar transmitindo a doença para outras pessoas”, acrescenta o médico.
O paciente deve ser acompanhado por exames de radiologia, tomografia do tórax e baciloscopia, com cultura da microbactéria. A prevenção ainda é a melhor defesa contra a doença. O médico Egberto Palmegiani diz que o cuidado e a prevenção começam na infância. “A vacina BCG (vacina) faz parte do calendário vacinal obrigatório para menores de um ano, pois protege as crianças contra as formas mais graves da doença”, afirma.
Tratamento
E quando os primeiros sintomas aparecem, é importante a pessoa consultar-se com um médico pneumologista o mais rápido possível, pois, além de iniciar logo o tratamento, ele pode orientar atitudes para evitar a transmissão.
“Quinze dias após iniciado o tratamento adequado, o paciente deixa de transmitir a doença. O tratamento diário com antibióticos tem duração de 6 meses, deve ser realizado sem nenhuma interrupção e supervisionado por um médico. O tratamento é realizado de forma gratuita e totalmente fornecido pelo SUS, e só termina quando constatada a cura do paciente”, afirma o pneumologista do Austa Hospital.
Dhoje