Na manhã deste sábado, 2, um tumulto foi registrado na UPA Jaguaré, em Rio Preto. Durante uma manifestação de mães solicitando atendimento pediátrico, o presidente da Câmara Pedro Roberto (Patriota), e os vereadores Júlio Donizete (PSD), Anderson Branco (PL) e Bruno Moura (PSDB) estiveram no local para apoiar o movimento, além de verificar denúncias de servidores em relação as más condições de trabalho. 

Segundo o vereador Pedro Roberto, os parlamentares foram impedidos de entrar na UPA. No entanto, o vereador Bruno Moura teria invadido da UTI, o que motivou o tumulto. “Nós fomos impedidos de entrar na UPA, inclusive o próprio secretário (Aldenis) falou que nós não poderíamos entrar na UPA. E nós sabemos que podemos entrar, sim, somos homens públicos, eleitos e nos espaços públicos do município a gente tem a prerrogativa de fiscalizar”, disse Pedro.

O secretário de saúde Aldenis Borim afirmou que o problema da pediatria acontece nas UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) por causa da falta de profissional e porque a regulação da Cross (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde), serviço que organiza a regulação de recursos disponíveis na saúde pública, dificulta a transferência de pacientes graves que são atendidos nas UPAs. 

Em relação a suposta invasão do prédio pelo vereador Bruno Moura, Borim disse que a entrada dele na UTI é "gravíssima" e que será registrado um boletim de ocorrência na Central de Flagrantes. “Estamos fazendo um B.O., tomando todas as providências que são cabíveis, porque ali é área restrita, não pode entrar por questão ética”, afirmou o secretário.

A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal foram acionadas para conter o tumulto.

O vereador Bruno Moura acompanhou a Guarda Civil até a Central de Flagrantes onde será ouvido pelo delegado de plantão. O caso será inestigado pelo 3º Distrito Policial.

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou "que as Unidades de Urgência mantêm completos os quadros de profissionais para atendimento aos pacientes."

Esclarece que houve um aumento expressivo na demanda de pacientes nos últimos dias. Estas unidades contam com o serviço de acolhimento com classificação de risco, sendo que o caso de maior gravidade deverá ser atendido em menor tempo. Garante-se, dessa forma, o acesso mais rápido para quem mais precisa, de acordo com o grau de gravidade e não por ordem de chegada ou tempo de espera. A Saúde tem buscado a contratação de novos pediatras para substituir os sete profissionais que se demitiram e outros quatro que estão cumprindo afastamento. Há, entretanto, uma dificuldade para encontrar pediatras disponíveis para ampliar o atendimento", diz a nota encaminhada à imprensa.

Diariodaregiao





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