A falta de chuvas nas últimas semanas fez a região de Rio Preto entrar na chamada “seca extrema”, segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA). O indicador aponta para risco de escassez de água e o Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) já emitiu alerta em decorrência da falta de chuvas,afinal o período de estiagem deve se estender até setembro.

Nesta segunda-feira, dia 18, Rio Preto completou um mês sem chuvas. A última aconteceu no dia 18 de junho, quando foram registrados 8 milímetros. Nos últimos três meses, choveram 97 milímetros, a mesma quantidade do mês de março. Essa situação deixou os técnicos da Gerência de Operação e Manutenção de Água em estado de alerta.

De acordo com Rafael Zerunian, coordenador de Operação e Distribuição de Água do Semae, neste ano choveu até o momento 697 milímetros (mm). A quantidade de chuvas é menor que em 2020, quando no mesmo período choveu 805 milímetros, ou seja, uma diferença de 108 milímetros.

Naquele ano, o Semae fez 40 dias de racionamento começando no dia 17 de outubro e terminando no dia 26 no mesmo mês.

Em 2021, tivemos uma situação totalmente atípica, em termos de falta de chuva, mas quando comparado com 2020, até esse momento do ano, já deveria ter chovido 880 milímetros. Apesar de termos uma situação mais confortável em relação ao volume de chuvas do ano passado, a quantidade ainda está abaixo da média”, explica o coordenador. Em 2021, de janeiro a julho, choveu 442 mm.

Até o inicio da manhã de terça-feira, o nível da represa estava três centímetros acima do vertedouro. O volume de captação está variando entre 350 e 400 litros por segundo (l/s), conforme a demanda. Os reservatórios que abastecem os bairros estão com uma variação de nível dentro de uma curva normal de consumo, segundo o Semae.

A gente tem adotado novos investimentos em infraestruturas alternativas em captação e controle das perdas por vazamentos de tubulação da rede de distribuição de água. Há uma queda no nível da Represa Municipal. Normalmente ela fica em 20 centímetros no vertedouro, agora ela está em três centímetros. Por conta disso, emitimos um alerta para a população fazer um consumo consciente”, disse.

A Represa faz o abastecimento de 25% da população de Rio Preto. O restante vem dos aquíferos Bauru e Guarani. “O Semae tem investido na perfuração de novos poços nos aquíferos Bauru e Guarani. Temautorização para novas perfurações, mas dentro do limite permitido por lei para a cidade de Rio Preto, para serem usados de forma estratégica. Contudo, as regiões Central, Sul e Leste ainda dependem da água da Represa”.

Diariodaregiao




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