Mesmo agredida e arrastada pelo veículo do namorado, mulher não quis abrir processo contra o agressor. O caso ocorreu na noite do último domingo (31) no bairro Vila Angélica, em Rio Preto. De acordo com informações do boletim de ocorrência, a vítima, estudante de 24 anos, vai precisar ter que passar por cirurgia.

Na delegacia, a jovem contou que “era por volta de 22h, quando chegou na casa do namorado [promotor de eventos de 27 anos], pois combinaram de se encontrar e viajariam para Santa Fé do Sul, onde ele promoveria um evento de réveillon. Chegou à porta da residência e o avisou, mas como ele demorava a sair, passou a ligar para o celular do namorado”.

Ela seguiu relatando que “ao aparecer, já começou a xingá-la. Um amigo dele entrou no carro no banco do lado direto e ela sentou-se então no banco traseiro. Neste momento, o suspeito desceu, foi até ela e começou a pressioná-la contra o banco, causando sufocamento e dizendo que iria matá-la. Puxou-a com tanta força que causou lesão no braço direito, além de hematomas”.

Em seguida, ele “saiu de cima dela e saiu do carro. quando ameaçou sair também, ele chutou a porta que lhe acertou o rosto, causando corte na boca. Depois, deu a volta no quarteirão, parou em frente da garagem e mandou que ela e o amigo descessem do veículo. Quando fez um gesto para o amigo, percebeu que ele iria fugir e se agarrou na porta, sendo arrastada e jogada no chão. Bateu a cabeça, cotovelo e peito, ficando muito machucada, com cortes na boca, nariz e queixo, além da roupa ter ficado toda ensanguentada”.

Após a queda, “o agressor parou o carro, retornou e continuou a xingá-la. Mas, percebendo a gravidade, a colocou no carro e levou para a emergência do plano de saúde. Recebeu atendimento até às 5h, quando avisou a mãe, que mora em Bauru, mas se deslocou até Rio Preto. Foi encaminhada ao Hospital de Base e passará por cirurgia em Bauru”.

Após sair do HB foi até a delegacia, onde prestou depoimento, recebeu requisição para exame de corpo de delito, a ser realizado posteriormente no IML e afirmou ao delegado que “no momento, não irá representar criminalmente contra o namorado”.

Com isso, recebeu orientação de que possui prazo de seis meses para abrir o processo. Os documentos foram para a delegacia correspondente a área dos fatos, onde o caso será investigado.





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